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Os edifícios inteligentes e sustentáveis têm surgido como uma tendência crescente na construção civil no Brasil e no mundo. 

Também chamados de prédios inteligentes, esses empreendimentos utilizam tecnologia avançada para melhorar a qualidade de vida dos moradores e garantir eficiência energética, promovendo uma convivência mais eficiente e agradável. O objetivo é criar ambientes cada vez mais econômicos e sustentáveis. 

Edifícios inteligentes: a sustentabilidade na construção civil

Do inglês “smart buildings”, os edifícios inteligentes têm se mostrado um elemento de destaque na área da construção civil, tanto no Brasil quanto no mundo. A solução nasce de um problema: de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), mais de um terço do consumo global de energia final é feito por edifícios. Além disso, quase 30% do total de emissões diretas e indiretas de CO2 (resultados do uso de energia) vêm da mesma fonte. 

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgados na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), mais de 34% da demanda de eletricidade e 37% das emissões de CO2 relacionadas à energia e processos em 2021 vêm do setor de Edificação e Construção.

Quais as vantagens dos edifícios inteligentes?

Os edifícios inteligentes podem representar uma saída para alguns entraves ambientais que a construção civil enfrenta. A IEA informa que as tecnologias utilizadas nesses prédios inteligentes ajudam a diminuir a pegada de carbono. A digitalização possível através da IoT (Internet of Things), incluindo iluminação inteligente, poderia reduzir o consumo total de energia em edifícios residenciais e comerciais entre 2017 e 2040 em até 10%.

Josafá Luz, CEO da empresa de edifícios inteligentes Loomy Smart Solutions, explica sobre o funcionamento dos smart buildings:

O que são os edifícios inteligentes?

Josafá: Os edifícios inteligentes, são estruturas que utilizam tecnologia avançada para melhorar a eficiência operacional, a segurança, o conforto e a sustentabilidade. Esses edifícios integram sistemas de automação, comunicação e controle para criar ambientes mais interativos e eficazes.

Como funcionam os edifícios inteligentes?

Josafá: Os edifícios inteligentes funcionam por meio da integração de sistemas tecnológicos diversos que se comunicam entre si. 

Entre os principais componentes e funcionalidades, o CEO cita:

Sensores e Dispositivos IoT: Sensores são instalados em diferentes partes do edifício para monitorar variáveis como temperatura, umidade, luminosidade, presença de pessoas, entre outras. Dispositivos IoT (Internet das Coisas) são utilizados para conectar e coletar dados desses sensores.

Sistemas de Automação e Controle: Com base nos dados coletados, sistemas de automação controlam variáveis como iluminação, climatização, segurança, acesso e outros elementos para otimizar o uso de recursos e proporcionar um ambiente mais confortável e seguro.

Inteligência Artificial e Análise de Dados: A Inteligência Artificial (IA) é utilizada para analisar grandes volumes de dados em tempo real, identificar padrões e tomar decisões automaticamente. Por exemplo, um sistema de IA pode ajustar a temperatura com base na presença de pessoas e nas preferências registradas.

Gestão de Energia e Sustentabilidade: Sistemas de gestão de energia monitoram e otimizam o consumo de eletricidade, água e outros recursos, contribuindo para a eficiência energética e a sustentabilidade do edifício.

Integração de Tecnologia de Comunicação: A infraestrutura de TI e as redes de comunicação facilitam a integração e a comunicação entre os diferentes sistemas do edifício, permitindo o controle remoto e o monitoramento em tempo real.

Edifícios inteligentes: o futuro da construção civil

Segundo um relatório da empresa de pesquisa de mercado Mordor Intelligence, é esperado que, até 2028, o mercado de smart buildings registre um CAGR de 11,2%. O CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) é a média de crescimento de um investimento ao longo de vários anos, suavizando flutuações.

Os edifícios inteligentes podem representar um avanço significativo na forma como concebemos e gerenciamos espaços construídos, podendo trazer benefícios substanciais para a construção civil em termos de eficiência, segurança, sustentabilidade e qualidade de vida para seus ocupantes.